terça-feira, 5 de julho de 2016

Monument Valley - Utah/EUA




Ainda era cedo, mas a escuridão já tomava conta das estradas da cidade de Kayenta. Dentro do carro estava quentinho, mas o termômetro já denunciava o frio cortante do lado de fora. Como relatado no post de Arches National Park,  estávamos com medo de pegar a estrada a noite. Na verdade estávamos com medo de pegar neve na estrada a noite. Ainda eram 18:30 e já não era mais possível conseguir ver mais que alguns metros da estrada a nossa frente...  Confiávamos totalmente em nosso GPS do celular,  utilizando o modo off line. Ali, marcava poucos km de nosso hotel,  mas quando olhávamos pra frente, nada se via, nem uma lâmpada acesa, nem um sinal de que havia mais do que deserto por ali. Confesso que isso causava uma certa agonia, mas era preciso manter o foco. Mais 2 km, e começamos a ver lá no fundo,  perdido no meio do nada algumas luzinhas, e então dentro de poucos minutos,  começamos a avistar o movimento de nosso hotel,  que ficava dentro da reserva indígena dos Navajos. Após muito pesquisar, decidimos investir um pouco mais e passar a noite no famoso Hotel The View. Era maravilhoso!  Quarto espaçoso,  cama enorme (aliás, 2 camas!),  limpinho, staff super cordial,  com direito a cafeteira no quarto! Mas o que eu mais esperava mesmo,  era ver a linda vista que o hotel oferecia! Fizemos check-in,  joguei minhas coisas no quarto,  corri pra sacada pra ver as montanhas que tanto sonhei e o que eu vejo??????  Nada! Nada além de um lindo céu estrelado e o negrume da noite! Você pode pensar que eu fiquei frustrada,  mas meu coração sabia que elas estavam lá,  e era como se eu realmente pudesse vê-las! Fomos jantar no restaurante do hotel. Pra dizer a verdade,  não sei se foi nossa escolha,  mas nem o meu prato nem o do Rolands estavam bons. Eu pedi búfalo wings, e algumas estavam meio cruas demais pro meu gosto,  mas as que estavam cozidas tinha um gosto bom! O Rolands optou pela sopa, por causa do frio, mas não gostou. Outra coisa interessante, é que na reserva indígena não é permitido o comércio de bebidas alcoólicas, então o vinho e a cerveja que eles tem é sem álcool, mas é ruim demais, e não é só pelo fato de não ter álcool, o gosto é ruim mesmo!rs Então fica a dica: tome suco ou água...rs. Ficamos ali no hall no hotel alguns minutos pra poder usar a internet (falar com a família, postar fotos, etc), pois nos quartos não tem wi-fi. 
Pilastra no hall do hotel
 O sol ainda nem havia pensado em nascer, e eu já pulei da cama na maior empolgação, pois queria fotografar o sol nascendo atrás das lindas montanhas de Monument Valley! Levantei, fiz um café no nosso quarto, preparei meu equipamento fotográfico, coloquei uma blusa quentinha e fui pra varanda. Ainda estava escuro. O chão estava muito gelado e mesmo com meias, sentia meus pés queimar no chão. Posicionei minha câmera, meu celular e com meu café quentinho em mãos, me sentei na varanda e esperei. Então, como num passe de mágica o sol começava a se revelar e já era possível ver as montanhas. 

É muito difícil descrever com poucas palavras a sensação que tive nesse momento. É como se o corpo todo gritasse em agradecimento por estar vivendo essa experiência. É de uma emoção sem igual. Fiquei ali, registrei tudo, conforme vocês podem conferir, e então me permiti apenas curtir aquela obra divina. Quando o dia já estava claro, o Rolands apareceu na sacada e ficamos ali uns minutinhos. 



E eu nunca me cansava de olhar pra essa linda paisagem


Aproveitei e fiz um vídeo tb!!!



Hora de tomar café da manhã! Ao contrário do jantar “cilada” (rs), o café da manhã foi maravilhoso! Os garçons como sempre muito educados. Pagamos 16 dólares, com tudo que tinha no buffet a vontade, sucos, bolos, pães, frutas e você ainda podia pedir linguiça, ovos mexidos ou bacon, que eles traziam quentinho na mesa! Valeu muito a pena, visto que era o dia do nosso passeio a cavalo, e sabíamos que voltaríamos tarde. Já deixamos nossas malas prontas pra partir assim que voltássemos. O nosso passeio a cavalo foi reservado e pago ainda no Brasil. Escolhemos a empresa Black's Hiking, Jeep Tours and Trail Rides para nos acompanhar nessa aventura. Eles tem passeios privados, mas o custo é muito alto, então escolhi um passeio no qual eu seria inserida num grupo de no máximo 8 pessoas, duração de 2horas e meia, no valor de 100 dólares. Digamos que no frio, não tem muita gente disposta a cavalgar, então o passeio virou privativo (UHUUU!!!). Jedan, nosso guia, um nativo, selou os cavalos, e nos perguntou sobre nossa experiência em cavalgadas. Como a gente já “manjava” do assunto e era só a gente, fizemos um trajeto um pouco mais amplo. Quando montei o cavalo e me vi cavalgando pelas terras de John Way, algo muito estranho aconteceu comigo. Um sentimento de felicidade me invadiu por completo e a partir desse momento eu não consegui mais tirar o sorriso do rosto! Foi maravilhoso 25 vezes!!! Aproveitei a simpatia de nosso guia e perguntei pra ele sobre sua cultura, a língua, os costumes, comida, enfim terminei o passeio quase uma "navajo", com direito a galope e grito de guerra no final!

Eu, o carro congelado e Mr Bill, the Bull (lembrança de Fort Worth)




Tipo John Wayne








Esse é o melhor angulo de todos os passeios: entre as orelhas de um cavalo






 


  

Devolta ao hotel, check out realizado, aproveitei os últimos minutos pra tirar as últimas fotos, enquanto meus olhos se orvalhavam, e eu deixava aquele lindo lugar, onde vivi momentos tão intensamente felizes e gratificantes, já pensando em voltar!  





Próxima parada: Zion Nationa Park!

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